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CPT BAHIA

Comunidades tradicionais discutem a ação de grileiros e invasores de terra em Remanso

reu. remanso
Foto: CPT Juazeiro, 12/08/2016

Comunidades rurais de Remanso – BA se reuniram com integrantes do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – STR e da Comissão Pastoral da Terra – CPT para discutirem estratégias de organização frente aos conflitos agrários existentes na região. O encontro aconteceu no dia 12 de agosto, na sede do Sindicato e uma nova reunião para aprofundar a formação já foi agendada para dia 05 de outubro.

Dois dias antes da encontro, integrantes do sindicato e da CPT que atuam na Diocese de Juazeiro visitaram diferentes comunidades rurais do município. As famílias e organizações parceiras estão preocupadas com a lei 12.910/13, que estabelece prazo para autoidentificação de comunidades tradicionais e consequente regularização fundiária.

Enquanto se organizaram para regularizar os territórios, diversas comunidades lutam para defender as terras de invasores e grileiros. Em Pedra da Onça, comunitários enfrentam uma tentativa de grilagem de sua área de fundo de pasto, comandada por empresários da cidade.

Depois de enfrentar também ameaças ao seu território, inclusive com um processo judicial que se arrasta há quase dez anos, o povo da Salinas Grande recentemente resistiu a uma tentativa de restrição do acesso a uma aguada que serve para a sedentação dos animais que pastam na área de fundo de pasto.

“De repente, o rapaz chegou querendo fazer serviço, tomar posse querendo tomar a água do pessoal da comunidade, que é uma aguada que beneficia a comunidade e em volta; os animais chegam, bebe e voltam, e ele queria tomar de conta só para os animais dele. Aí a comunidade se manifestou, derrubou a cerca, foi para a Justiça e estamos lutando para que ele não tome de conta”, explica o camponês Francisco da Silva.

Já na comunidade do Desterro, a preocupação é com as empresas de instalação de parques eólicos, que visam extensas áreas, assediam as famílias camponesas e não usam de transparência no trato com os agricultores e agricultoras.

 

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