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CPT BAHIA

Conjuntura atual é tema de reunião entre entidades, organizações e movimentos sociais em Ibotirama (BA)

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) se reuniu com organizações, entidades e movimentos sociais da região Centro Oeste da Bahia para analisar a conjuntura e pensar estratégias de atuação frente às demandas das lutas socioambientais da região, em especial, as dos movimentos sociais e povos e comunidades tradicionais, na última quinta-feira (25) em Ibotirama (BA). A reflexão deu-se início a partir da leitura do poema “Ultimatum” de Álvaro de Campos de 1917 e de uma fala da Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Com isso, os participantes destacaram na apresentação algumas ameaças e impactos, tais como: projetos capitalistas de irrigação, mineração, energias (Parques Eólicos e Pequenas Centrais Hidrelétricas); destruição da biodiversidade do Cerrado e Caatinga; desmatamento; destruição de rios e suas nascentes; violência, prisão e criminalização de lideranças e das organizações camponesas; morosidade dos órgãos do Estado nos processos de fiscalização e efetivação dos direitos socioambientais das comunidades tradicionais, com destaque para os Quilombolas, Geraiseiras, Fundo e Fecho de Pasto, dentre outras; migração de jovens e pais de famílias para outras regiões do Estado da Bahia; trabalho degradante nas fazendas e irrigações; cooptação de lideranças; fragilidade de algumas organizações populares.

Apesar da fragilidade de algumas organizações e entidades e dos muitos problemas enfrentados pelos povos e comunidades tradicionais, frente aos desafios da atual conjuntura, a resistência deles ressoa como a abertura de “mias janelas” como afirma o poema de “Ultimatum”. Neste sentido, há esperança mesmo diante a adversidade, como afirmou o representante do Coletivo de Fundo e Fecho de Pasto: “Não podemos ficar esperando que o Estado garanta nossos territórios, nós é que temos que fazer a luta para defendê-los”.

O ápice da discussão do referido encontro girou em torno do fortalecimento das organizações camponesas e suas lutas para garantir e efetivar seus direitos territoriais, culturais, sociais, ambientais, dentre outros. Desta forma, o grupo de entidades construiu uma proposta de ações conjuntas na perspectiva de fortalecer as parcerias, construir estratégias para superar os desafios. As discussões na região terão continuidade e o foco será a preservação dos bens naturais, fundamentais para a manutenção e perpetuação da vida.

CPT Bahia/ Equipe Centro Oeste

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