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CPT BAHIA

Mineração em Piripá(BA) preocupa comunidade Bonito II

A exploração de quartzo pela empresa Barrinha Mineração, vem colocando em risco as fontes de recarga de água da comunidade de Bonito II e da sua sede, no município de Piripá, localizado no Centro Sul baiano, a 630 km de Salvador.

Vegetação suprimida para exploração de minérios
Vegetação suprimida para exploração de quartzo

As 22 famílias da comunidade vem sofrendo com a sistemática chegada de empresas plantadoras de eucalipto e de mineradoras vindas do estado de Minas Gerais. A exploração do minério quartzo está ocorrendo sobre as serras onde a comunidade está localizada. A área serve como fonte de recarga das nascentes e fonte de água para os moradores do município de Piripá e da comunidade de Bonito II, que tem características de comunidade remanescente quilombola, apesar de não reconhecida.

Segundo informações colhidas por pessoas que trabalham nesta mineradora, a empresa que está explorando a extração de minérios na localidade é a EMPREITEIRA SHEKINAH – Empreiteira Shekinah Ltda – ME, de São João do Paraiso (MG), cujo empreendedor é BARRINHA MINERAÇÃO, com razão social denominada SANDRO ANDRADE FERREIRA – ME. A empresa está sediada na Fazenda Sucesso, no povoado de Barrinha, município de São João do Paraíso (MG).

Plantação de eucalipto ameaça fontes de água da comunidade Bonito II
Plantação de eucalipto ameaça fontes de água da comunidade Bonito II

Para explorar o minério, a empresa tem suprimido a vegetação da área. Até o momento a comunidade não foi consultada nem esclarecida sobre o empreendimento e o projeto em curso. As famílias também não sabem se o empreendimento se encontra devidamente autorizado, já que o poder público municipal não informou nada à comunidade. As famílias aguardam que os órgãos competentes possam investigar e esclarecer à população sobre o projeto e as medidas que serão tomadas para evitar impactos ambientais maiores.

Sobre a comunidade Bonito II
Localizada numa área de transição entre o Cerrado e a Caatinga, as famílias que ali moram têm os Gerais (como conhecem o Cerrado) como principal fonte de vida, quer seja no fornecimento de água, quer seja para extração de plantas medicinais e, mesmo que timidamente, muitas destas famílias ainda usam as áreas de Gerais para criação de animais à solta.

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