O Papa Francisco está na 20º viagem oficial, o fazedor de pontes chegou à Colômbia. A propósito o papa Francisco foi pessoalmente celebrar com o povo colombiano a reconciliação com a FARC, um grupo de revolucionários, celebrar com o outro é uma característica própria do povo latino americano. Na celebração eucarística presidida pelo Papa Francisco com o povo, houve dois momentos para sinalizar as palavras do papa na reflexão. O papa fala ao clero que deixem a batina do autoritarismo, que desmonte a burocracia das paróquias e que sejam mais acolhedores do que fiscais, que sejam humanos de verdade, que sejam irmãos e servos do povo, palavras fortes para o tempo atual. O papa ainda esteve com lideranças de comunidades tradicionais, um sinal de que é latino americano e que sabe caminhar de mãos dadas.
Neste momento celebrativo para o povo colombiano, ainda contou com a presença das vitimas do conflito armado que durou anos naquele país irmão e de ex-membros da FARC, com uma oração pela justiça, igualdade, paz e diálogo, atitudes inspiradoras para o mundo. O papa Francisco também aproveitou a passagem por Medellín, no penúltimo dia da sua visita, para fazer uma referência ao problema do “narcotráfico”, um dos estigmas da Colômbia.
Em Bogotá, em uma missa em que estavam cerca de 500 mil pessoas, a mensagem do papa foi centrada na “defesa da vida”, a defesa do ambiente e a luta contra a disparidade social e a pobreza. Podemos afirmar, mais uma vez, que Francisco mostra ao mundo que ser fazedor de pontes não seria uma missão específica, unicamente do papa, mais de todos que sonham com o bem viver, um mundo novo possível.
Texto: Tiago Aragão/ Agente da CPT Bahia- Equipe Centro Norte
