“Dignidade e vida
Marginalizados incluídos
Nossa força e esperança crescem
Quando estamos e lutamos unidos”.
Chegamos ao 28° Grito dos Excluídos e Excluídas com a certeza que somente da luta coletiva do povo poderá frutificar uma sociedade para a maioria, livre da dominação e exploração de uma pequena parcela que concentra riqueza enquanto milhões passam fome. É necessário construir uma sociedade onde a vida esteja em primeiro lugar e não o lucro. É isso que nos pede o Papa Francisco numa perspectiva ecumênica e interreligiosa.
O Brasil passa por mais um momento delicado na sua história. Novamente entramos no mapa da fome. O povo brasileiro sofre com a carestia dos alimentos e a desvalorização do salário. Mulheres são assassinadas pelo fato de serem mulheres. Nossos bens comuns estão sendo saqueados, territórios dos povos das águas e das florestas são invadidos, causando mortes de indígenas, quilombolas, assim como de quem denuncia essas arbitrariedades. No campo, o pequeno agricultor e o assentado sofrem com a falta de crédito (mesmo sendo quem produz alimentos para nosso povo) enquanto bilhões são destinados ao agronegócio. Nas periferias os jovens negros são presos ou mortos graças a uma estrutura jurídica que imita o período escravocrata. Ao comemorarmos 200 anos de independência devemos nos perguntar: Independência para quem?
O povo brasileiro sabe que para atravessar o deserto e chegar à terra prometida é necessário luta e persistência. Neste ano teremos eleições para deputados, governadores, senadores e presidente. É momento de votar em quem defende os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras. No entanto, somente votar não é suficiente, é importante cada vez mais fortalecer a organização popular. Somente com o povo organizado construindo o Projeto Popular para o Brasil, exercitando o poder, luta a luta, é que poderemos dizer que somos livres, dizer que somos um povo independente.
Com esse espírito iremos às ruas de todo o Brasil em nome da democracia da maioria, em nome da renda básica para os desempregados/as, da valorização do salário, em defesa dos bens comuns da natureza, da defesa dos territórios, duma periferia viva e pela vida das mulheres.
Convidamos a todos e todas a comparecerem no 7 de Setembro, na Av. Cinquentenário – Itabuna/BA, com concentração no Jardim do Ó, construindo a independência que tanto almejamos.
Fórum de Luta por Terra, Trabalho e Cidadania – FLTTC