Jovens de comunidades tradicionais de fundo de pasto do município de Casa Nova (BA) deram continuidade, no último sábado (10), à Escola de Formação da Juventude Rural, organizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Diocese de Juazeiro. Nessa 2ª etapa, a partir das sugestões da turma, o tema abordado foi o direito à comunicação.
O encontro, que reuniu jovens de mais de dez comunidades, contou com a facilitação da cientista social Ana Luiza Souza. Os/as participantes foram provocados a refletir sobre a comunicação enquanto um direito social, garantido em lei, mas que na prática não é democratizado. A influência dos meios de comunicação e o poder dos grupos de mídia (desde os tradicionais como TV e rádio até à internet e as big techs) foram discutidos com a juventude.
“A reflexão e o domínio das formas de comunicação, sobretudo no meio digital, mostram-se como ferramentas importantes para combater imagens enviesadas vinculadas sobre o viver no Semiárido na TV, com representações de extrema pobreza e fome mostrados nas novelas e noticiários”, destacou Ana Luiza.
A programação da formação também contou com dinâmicas e atividades práticas com o objetivo de despertar os jovens para a importância da comunicação popular e comunitária, através da expressão de diversas linguagens. Ao responderem à pergunta “O que tem de bom na sua comunidade que o mundo precisa saber?”, os jovens foram provocados a refletir sobre a valorização dos territórios e a construção de novas narrativas.
A próxima etapa da Escola de Formação da Juventude Rural em Casa Nova será realizada em setembro e terá como tema “Identidade, Diversidade e Pluralidade Religiosa”.
Texto e fotos: CPT Juazeiro
