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CPT BAHIA

Romaria da Terra e das Águas de Mascote denuncia impactos do agronegócio e mineração sobre o Rio Pardo

No último domingo, dia 09 de outubro, o município de Mascote foi marcado por um encontro de romeiras e romeiros participantes da Romaria da Terra e das Águas, promovido pelas Paróquias de São Sebastião de Mascote, Santa Luzia e Camacã, com a colaboração da equipe Sul Sudoeste da CPT Bahia. Participaram cerca de 250 pessoas advindas de comunidades, estudantes, profissionais e organizações de base dos municípios de Santa Luzia, Mascote, Camacã, Canavieiras, Itabuna, Salvador e outros, bem como de movimentos do campo e coletivos sociais, como o Movimento de Trabalhadores Rurais Assentados e Acampados da Bahia – CETA (Dois Riachões e Terra de Santa Cruz) e Coletivo Ecumênico Bíblico – CEBI.

A Romaria teve seu início às 5h30 da manhã em direção à comunidade de Jacarandá, com caminhada de 11 quilômetros em direção à comunidade para uma missa celebrativa de inauguração da reforma da capela local de Nossa Senhora do Rosário. Integrantes do Centro de Estudos e Ação Social e da Comissão Pastoral da Terra realizaram uma agitação por meio da distribuição da Cartilha Gestão das Águas do Rio Pardo e panfletos denunciando os impactos sobre o Rio, bem como propondo ações para cuidar e recuperar as nascentes e as matas ciliares. É possível acessar o panfleto em PDF através do link bit.ly/FolderRioPardo.

No momento da missa foi apresentada a experiência da Articulação em Defesa da Bacia do Rio Pardo e aproveitou-se para chamar atenção dos graves crimes ambientais verificados durante os 11 quilômetros percorridos na margem do Rio Pardo – somente neste trecho foram contabilizadas cinco “dragas” de extração de areia. Importantes microbacias desta região estão sendo afetadas pelos modelos predatórios de agropecuária e monoculturas, como é caso do Rio Panelão, Rio Água Preta, Rio Verde, Rio Salsa e outros que juntos compõem importantes artérias hídricas que alimentam o Rio Pardo. Além disso, a região também tem previsão de receber a instalação de um mineroduto, a ser operado pela mineradora Sul Americana de Metais – SAM, que pretende extrair toneladas de minério de ferro, ameaçando a biodiversidade e os recursos hídricos da região, além de pôr em risco a saúde e a sobrevivência das comunidades que vivem próximas à bacia do Rio Pardo.

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