Utilizar os meios de comunicação como ferramenta de transformação social e valorização das potencialidades das juventudes do campo. Esse foi o objetivo de uma Oficina de Educomunicação, realizada na última segunda-feira (22), em Juazeiro (BA), que reuniu 20 jovens de comunidades tradicionais de fundo de pasto dos municípios de Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado, Remanso e Casa Nova.
A Oficina, organizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), aconteceu no Centro de Terapias Naturais Gianni Bande (Cetegib) e contou com a facilitação da jornalista e mestra em Extensão Rural Juliana Magalhães. Durante a manhã, os/as participantes refletiram sobre o direito à comunicação, a influência da mídia na sociedade e a concentração dos grandes meios, além da importância da comunicação popular, principalmente, para o fortalecimento dos grupos e coletivos de jovens.
Já no período da tarde, os/as jovens experimentaram na prática como produzir conteúdo com propósito e objetivo de transformação social, contextualizado com as realidades que estão inseridos. A partir da exposição sobre produção de vídeos curtos para redes sociais e a importância da construção de roteiros, os/as jovens produziram quatro vídeos durante a Oficina.
Para o jovem da comunidade Jiquitaia de Campo Alegre de Lourdes, Kauã Mendes, o dia foi de muito aprendizado. “A Oficina foi incrível, deu para aprender muitas coisas, como a importância do roteiro na produção de vídeos e saber que o Brasil é o segundo país com mais pessoas conectadas nas redes sociais, onde as pessoas passam mais de 9 horas por dia online. Além disso, foi um encontro muito animado”, disse o jovem.
A Oficina desta semana foi a primeira de uma série de encontros de educomunicação que a CPT irá realizar com jovens camponeses da região. “A ideia é que a gente possa dar continuidade com esse processo de formação, passando por oficinas sobre diversas linguagens, como fotografia, escrita de textos, etc. para que esse coletivo de jovens tenha autonomia de produzir conteúdo que fortaleça as organizações das juventudes e as lutas de suas comunidades”, explica o agente da CPT Anselmo Ferreira.
Texto e fotos: Comunicação CPT Juazeiro
