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CPT BAHIA

Jovens aprofundam conhecimentos sobre agroecologia na 3ª etapa da Escola de Formação da Juventude Rural 

No último sábado (14), jovens de comunidades tradicionais de fundo de pasto do município de Casa Nova (BA) deram um importante passo na 3ª etapa da Escola de Formação da Juventude Rural. Organizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Diocese de Juazeiro, o encontro teve como foco a agroecologia.

A formação abordou os princípios da agroecologia, destacando a importância do conhecimento ancestral e das práticas tradicionais das comunidades. Durante o encontro, os participantes discutiram sobre o conceito de agroecologia, refletindo o contexto local e o que não se encaixa nesse modelo de produção sustentável.

O pároco da Paróquia São Sebastião, Pe. João Borges, enfatizou a relevância da agroecologia ao afirmar que “a agroecologia é vida, porque por meio dela temos a saúde e direito à alimentação sem veneno”. No mesmo sentido, a agente da CPT Juazeiro Marina Rocha complementou, destacando a importância da luta pela terra. “Agroecologia é lutar contra as grilagens de terra, sem terra não se faz agroecologia.” 

Durante a Escola de Formação, os/as participantes produziram cartazes sobre as práticas agroecológicas das regiões Lagoinha, Conceição, Riacho Grande, Palmeira, Cacimba e Amalhador. Os cartazes destacaram as tecnologias sociais como resultado da luta dos movimentos sociais, a criação animal, os roçados de alimentos e forrageiras livres de agrotóxicos e a conservação de paisagens naturais, incluindo aguadas, riachos e cacimbas. “Agroecologia é o cultivo de várias plantas como abóbora, feijão, milho e mandioca”, disse a jovem Luciana Nogueira, da comunidade Conceição. 

Essas práticas são vistas pelas comunidades como essenciais para a manutenção da vida e a sustentabilidade ambiental. O encontro foi um marco na integração do conhecimento tradicional com os princípios da agroecologia, destacando-a como uma das estratégias de Convivência com o Semiárido. Além disso, reafirmou a importância da luta pela terra e pela preservação dos saberes ancestrais no contexto das comunidades tradicionais da região. 

A formação destacou ainda a importância de pensar a agroecologia no contexto de eleições e de refletir sobre quais são os candidatos/as que se envolvem ativamente na defesa das causas agrárias e da justiça social e que têm um compromisso real com a implementação de políticas que favoreçam a agroecologia e a preservação dos direitos das populações do campo. 

Texto e fotos: CPT Juazeiro

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