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Ódio histórico: antepassados de Alcides Kruschewsky lutaram contra índios

"A história se repete, mas, a força deixa a história mal contada". Foto de Clodoaldo Ribeiro. “A história se repete, mas, a força deixa a história
mal contada”.

Foto: Clodoaldo Ribeiro.

 

A revelação é da pesquisadora Daniela Fernandes. Ela citou os historiadores Gustavo Falcón e Marcelo Lins para demonstrar que, na década de 1930, José Kruschewsky foi um dos líderes dos fazendeiros que se mobilizaram “para extinguir a Reserva Indígena Caramuru-Paraguaçu, habitada pelos Pataxó Hã Hã Hãe”.

 

José é antepassado do atual secretário de turismo de Ilhéus, Alcides Kruschewsky, que, segundo a pesquisadora, “é pretenso proprietário de uma área (Nova Aliança) no interior da Terra Indígena Tupinambá de Olivença”.

 

No livro Coronéis do Cacau, Falcón aponta “dois Kruschewsky na relação dos que seriam os principais coronéis de Ilhéus entre 1890 e 1930″, lembrou Daniela.

 

Comentário do Blog

A entrevista de Alcides para a reportagem da TV Bandeirantes foi tão vexatória quanto a concedida recentemente ao radialista Vila Nova (http://www.blogdogusmao.com.br/v1/2014/02/25/o-carnaval-envergonhado-de-jabes-e-pai-cidao/). A emissora não revelou aos telespectadores que o secretário de turismo também está envolvido diretamente no conflito entre fazendeiros, empresas, pequenos produtores e os tupinambá. Desse modo, a Band apresentou a opinião tendenciosa do proprietário travestida como a perspectiva do agente público isento – preocupado apenas com os prejuízos para o turismo, como se a Prefeitura de Ilhéus fizesse algo de relevante nesse setor econômico.

 

“A história se repete, mas, a força deixa a história mal contada” (frase célebre presente na música Toda forma de poder – Engenheiros do Hawaii).

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