Nesta segunda-feira (26) as comunidades de Brejo, Barreiro, Louro, Boiada, São Domingo, Riacho Fundo e Taquaril dos Fialhos, de Licínio de Almeida, paralisaram a estrada vicinal que liga a localidade de Brejinhos das Ametistas a Licínio de Almeida, a BA-156, para denunciar os impactos do tráfego dos caminhões que carregam minério de ferro da empresa Bahia Mineração (BAMIN), que se deslocam dia e noite para o pátio localizado em Licínio de Almeida.
O tráfego dos caminhões levanta e espalha muita poeira de pó de minério, o que afeta a saúde da população no entorno das estradas, em especial com doenças alérgicas em crianças e idosos. Além disso, o pó impacta também a produção da agricultura famíliar, poluindo não só o ar, como também o solo e as águas. Por fim, a comunidade também denuncia o uso indiscriminado de água por parte da BAMIN, o que afeta o abastecimento hídrico local.
Ano passado, em 23 de setembro de 2021, a população de Licínio de Almeida fez uma mobilização solicitando o asfaltamento da estrada, porém os populares não foram ouvidos, e tampouco foram construídas soluções por parte do poder público para as denúncias realizadas. Diante disso, as famílias das comunidades retomam as mobilizações para garantir respostas. A mobilização segue por tempo indeterminado na expectativa que o estado possa ouvir a comunidade e abrir um diálogo para construção de soluções.