A Comissão Pastoral da Terra – CPT registrou no ano de 2016, o maior número de conflitos por terra no Brasil nos últimos 32 anos (o número total de conflitos por terra é a soma de três variáveis: Ocupações – Acampamentos -Ocorrências de Conflito). Foram 1.079 ocorrências de conflito – onde houve alguma forma de violência-, uma média de quase três conflitos de terra por dia. Na Bahia, foram 102 conflitos, um aumento de 76% em relação a 2015. 61 pessoas foram assassinadas no país ano passado, 22% a mais do que em 2015 e o maior número desde 2003. Quatro delas em território baiano.
O estado foi o terceiro mais conflitivo do Brasil, se igualando ao Pará. Esses e outros dados, serão apresentados pela CPT Regional Bahia no lançamento da publicação Conflitos no Campo 2016 na próxima quinta-feira (27), às 14h, no Auditório Yeda do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia – UFBA, em Salvador.
É a 32ª edição do relatório que reúne dados sobre os conflitos por terra, água e trabalhista; e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro, incluindo indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais em todo o Brasil. O objetivo do lançamento é alertar a população baiana e denunciar o aumento da violência e conflitos no campo.
O lançamento contará com a participação de líderes de comunidades vítimas de conflitos na Bahia. Na ocasião, também será lançada a revista “No Rastro da Grilagem” da Associação de Advogados/as de Trabalhadores/as Rurais – AATR. Esse é um evento em parceria com o grupo de pesquisa Geografar, do curso de pós-graduação em Geografia e Economia da UFBA, do Centro de Estudos e Ação Social – CEAS e diversas outras entidades sociais.
Mais informações:
CPT Bahia (71)3328-4672/3328-4683