A Casa de Apoio aos Povos Tradicionais e Trabalhadores Rurais do Sul da Bahia (Sede CPT/CIMI), foi adquirida no final da década de 1990 pela CPT e pelo CIMI. Localizada no bairro Santo Antônio, em Itabuna (BA), o espaço é uma sede administrativa que também funciona para o acolhimento de atividades de ambas as instituições, encontros e reuniões com trabalhadores rurais, indígenas e movimentos sociais da região.
Atualmente, a Casa se encontra bastante deteriorada, com sérios problemas de infraestrutura e com baixíssimo uso em razão disso, o que foi agravado pela pandemia. É necessária uma reforma para corrigir as partes elétrica e hidráulica em todo o sobrado, colocar o piso, o forro e a pintura no primeiro andar para que possa ser utilizada para reuniões maiores. Além disso, os banheiros também precisam ser ativados e seria importante a construção de uma cozinha para garantir a passagem e acampamento de grupos. A reforma da casa para possibilitar a sua reativação é um pequeno passo de um amplo processo de articulação pastoral para tornar viva a participação da igreja na vida do povo enquanto motor de transformação.
Nesse sentido, a campanha virtual “Reativação da Casa de Apoio CPT/CIMI” tem por objetivo angariar recursos financeiros para reformar e estruturar adequadamente o espaço, para que este venha ser um elo de encontro, de resistência e de anúncio de esperança do povo que acompanhamos enquanto serviço pastoral. Para além do objetivo de arrecadar recursos para a reforma da sede, a campanha tem a importância política de instrumentalizar o debate sobre a sustentabilidade e principalmente servir como um projeto piloto para a Comissão Pastoral da Terra no que diz respeito a outras formas de garantir recursos.
IMPORTÂNCIA POLÍTICA
Vivemos tempos tenebrosos. Trabalhadores e trabalhadoras rurais, indígenas, povos das águas e das florestas estão sendo atacados diariamente por empresas capitalistas que só visam o lucro. O Estado, que deveria dirimir as lutas, faz o contrário e demostra sua natureza capitalista. No Sul da Bahia temos um cenário devastador. Os movimentos de lutas pela terra seguem fragmentados e com grande dificuldade de resistirem à ofensiva do grande capital, ficando cada vez mais difícil produzir e escoar a produção sem ter crédito e auxílio logístico que antes fora facilitado por políticas públicas federais dos governos petistas e que agora praticamente se extinguiram. Os povos rurais, das águas e das florestas veem seus territórios ameaçados diariamente. No litoral sul, onde temos várias aldeias indígenas, vê-se a especulação imobiliária das grandes construtoras invadindo terras indígenas e destruindo seu modo de vida. No litoral norte, a construção do Porto Sul expõe comunidades de pescadores, marisqueiras e pequenos agricultores ao modelo mineral capitalista. Articuladas com esses projetos também estão a FIOL e o Mineroduto da SAM.
Diante deste cenário, a sede reformada e estruturada adequadamente poderá ser um elo de encontro, de resistência e de anúncio de esperança do povo que acompanhamos enquanto serviço pastoral. Para além do objetivo de arrecadar recursos para a reforma da sede, a campanha tem a importância política de instrumentalizar o debate sobre a sustentabilidade e principalmente servir como um projeto piloto para a Comissão Pastoral da Terra no que diz respeito a outras formas de garantir recursos.
CAMPANHA
Para conhecer e participar da campanha, basta acessar o link benfeitoria.com/casacptcimi. Na página da campanha, é possível escolher formas de contribuição a partir de 10 reais que são vinculadas a uma recompensa. Também é possível contribuir com outros valores. A campanha dura até 17 de dezembro.
