A Comissão Pastoral da Terra – CPT registrou no ano de 2016, o maior número de conflitos por terra no Brasil nos últimos 32 anos. Foram 1.079, uma média de quase três conflitos de terra por dia. Na Bahia, foram 102 conflitos, um aumento de 76% em relação a 2015. 61 pessoas foram assassinadas no país ano passado, 22% a mais do que em 2015 e o maior número desde 2003. Quatro delas em território baiano.
O estado foi o terceiro mais conflitivo do Brasil, se igualando ao Pará. Esses e outros dados, serão apresentados pela CPT Regional Bahia no lançamento da publicação Conflitos no Campo 2016 na próxima sexta-feira (19), às 14h, no Auditório A do Instituto Geociências da Universidade Federal da Bahia – UFBA, em Salvador.
É a 32ª edição do relatório que reúne dados sobre os conflitos por terra, água e trabalhista; e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro, incluindo indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais em todo o Brasil. O objetivo do lançamento é alertar a população baiana e denunciar o aumento da violência e conflitos no campo.
Programação
O lançamento contará com a participação de líderes de comunidades vítimas de conflitos na Bahia. Na ocasião, também serão lançados a revista “No Rastro da Grilagem” da Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais – AATR e o livro da pesquisadora Daniela Alacron “Dono é quem Desmata”. Esse é um evento em parceria com o grupo de pesquisa Geografar, do curso de pós-graduação em Geografia e Economia da UFBA, e diversas outras entidades sociais.
Comunicação CPT Bahia