Em apenas 3 dias aconteceram dois ataques a indígenas Pataxó no extremo sul da Bahia. No último domingo, dia 04, o jovem indígena Gustavo Silva da Conceição, de 14 anos, foi assassinado durante um ataque contra a retomada da Terra Indígena Comexatibá, localizada no município de Prado, extremo sul da Bahia. Na noite de ontem (06), um novo ataque de pistoleiros ocorreu em Aldeia Nova, na mesma região.
Os ataques por conflito de terra têm se acirrado no sul e extremo sul do estado, apontado as consequências da lentidão nos processos de demarcação de terra por parte do governo. Segundo a CPT Nacional, o território tradicional Pataxó teve seu RCID publicado em 2015, mas até hoje continua sem qualquer avanço administrativo, o que abre espaço para a invasão de monoculturas e agropecuária. Cansados de esperar, em junho de 2022 os Pataxós realizaram a retomada pacífica de uma área do território que era explorada pela monocultura de eucalipto – e desde então os ataques são crescentes e sem qualquer providência por parte dos órgãos de segurança pública.
Até hoje, de acordo com os dados sobre conflitos no campo registrados pelo Centro de Documentação da Comissão Pastoral da Terra, já são 28 pessoas assassinadas em 2022. A omissão dos governos federal e estadual é gritante, e lideranças indígenas denunciam inclusive que policiais militares têm atuado como seguranças particulares dos pistoleiros.
O POVO PATAXÓ EXIGE O FIM DO GENOCÍDIO DOS POVOS ORIGINÁRIOS!
