Acesse o Caderno de Conflitos no Campo Brasil 2023

CPT BAHIA

Seminário discutirá a defesa do Rio Pardo

rio_pardo
Rio Pardo

Para regatar a história e as potencialidades do Rio Pardo e seus afluentes, acontece no dia 04 de setembro, no Salão da Paróquia do Município de Santa Luzia, sul da Bahia, o 1º Seminário de Articulação e defesa do Rio Pardo. Paróquias, movimentos sociais, ONGs e a população local vão refletir sobre os impactos e conflitos causados ao rio e moradores da região pela mineração, eucaliptocultura, latifúndio, desmatamentos, poluição e agrotóxico. A ideia do evento é construir uma ação articulada de defesa do território, que contará com a participação de diversas entidades entre elas a Comissão Pastoral da Terra – CPT.

O Rio Pardo nasce no estado de Minas Gerais e tem 80 % do leito na Bahia, onde deságua no município de Canavieiras. Ao todo, seis municípios da Diocese de Itabuna são atravessados pelo rio e milhares de famílias baianas sobrevivem da pesca e se alimentam dos peixes e mariscos. É através da organização social que deu origem às colônias: a Z-20 (Canavieiras e Mascote) e a RESEX  – Reserva Extrativista, que os pescadores acessam as  Políticas Públicas governamentais.

Historicamente, o rio tem papel fundamental na economia da região. Em seu leito foram plantados os primeiros pés de cacau, trazendo consigo uma mudança brusca. Os governantes da época relocaram todos as nações indígenas para a uma reserva de 54 mil hectares. Com isso deixaram as terras livres para serem aposseadas para o plantio do cacau, que trouxe com a riqueza produzida uma história de coronelismo, grilagem e muita morte e escravidão de trabalhadores. Antes das estradas construídas na região a grande parte da produção do cacau era transportada em canoas de até 120 sacos de 60 quilos até o porto em Canavieiras para serem exportado para o exterior.

 

Gostou desse conteúdo? Compartilhe