Entusiasmo, orações, cantos, literatura de cordel, depoimentos e cartazes denunciando as ameaças e agressões causadas ao meio ambiente, especialmente pela mineração, marcaram a 5ª Romaria em Defesa da Vida, que aconteceu no último domingo (21), em Campo Alegres de Lourdes. A Romaria contou com a presença de representantes de comunidades rurais e de organizações populares que fizeram a tradicional caminhada de dois quilômetros em direção ao Morro do Tuiuiu, símbolo sagrado e de resistência das comunidades.
Nesta edição, a abertura foi realizada pelo agente da CPT Ruben Siqueira, que fez uma reflexão sobre o sentindo da Romaria e destacou a Encíclica do Papa Francisco que trata da Ecologia Integral. Já durante a caminhada, o integrante do Fórum de Entidades Populares Valdemar Silva destacou as diversas formas de degradação da vida, entre elas os impactos que a mineração e o desmatamento vêm causando à saúde das pessoas e ao meio ambiente em Campo Alegre de Lourdes.
Valdemar também fez o convite para um compromisso maior em defesa dessas causas, clamando: “não queremos mineração, pois para nós basta a saúde e a paz; não à poluição, não queremos perguntar um dia cadê o nosso morro, a mineração comeu. Os campo-alegrenses dizem não à destruição…”.
Os romeiros e romeiras chegaram com muita alegria ao Morro do Tuiuiu e participaram da missa presidida pelo Pe. Bernardo Hanke, que reforçou o compromisso em defesa das águas e dos territórios e agradeceu a todos que contribuíram para realização da Romaria.
A Romaria em Defesa da Vida é organizada pela Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e o Fórum das Entidades Populares.
