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CPT BAHIA

Encontro da CPT e da PJMP mobiliza jovens para a defesa do acesso à terra

13313339_1007507649296851_2141141762_oForam dois dias de formação com 35 jovens de diferentes localidades da Bahia para debater o tema: “Juventude e Identidade camponesa: desafios, sonhos e perspectivas”. O encontro promovido pela Comissão Pastoral da Terra – Bahia, CPT-BA e pela Pastoral da Juventude do Meio Popular, PJMP vai se desdobrar em intervenções sobre trabalho, educação e cultura nas localidades de origem dos participantes. O fim de semana de formação aconteceu nos dias 28 e 29 de maio, no município de Tremedal/BA.

O encontro possibilitou que fosse ampliado o entendimento da realidade histórica e conjuntural do país e como a juventude, especialmente a juventude camponesa, se insere neste cenário. Do mesmo modo, contribuiu para que fosse estabelecida uma maior integração entre os jovens presentes. A formação começou com a memória do caminho de luta das Ceb’s, CPT e PJM, para depois fazer a análise de conjuntura da atualidade e propor a mobilização da juventude. No primeiro momento, do histórico, foram trazidos elementos das lutas nacionais brasileira em que as pastorais sociais ebb da juventude, junto com as Ceb’s definiram os rumos de inúmeras conquistas consolidadas no país.

Na sequência, o debate avançou com a análise da conjuntura nacional, destacando a retomada da ofensiva do capital, de modo específico, no espaço agrário, onde os chamados projetos de desenvolvimento do agronegócio (monocultura, uso de agroquímicos, desertificação do campo, usurpação das terras públicas, criminalização dos movimentos sociais) tem buscado minar, ininterruptamente, as ações dos movimentos sociais organizados e populares, dentro e fora do campo religioso.

13313408_1007507779296838_1176819053_oA partir daí buscou-se identificar quem são os inimigos do povo e como a ação destes inimigos se materializa dia a dia na vida das pessoas. Tomando como base tais análises, debatemos sobre o Projeto Popular para o Brasil e os 6 compromissos firmados pelas lutadoras e lutadores do povo para que seja levado à cabo este Projeto (1 – Soberania Nacional; 2 – Solidariedade; 3 – Desenvolvimento Nacional; 4 – Sustentabilidade; 5 – Democracia Popular e; 6 – Feminismo Popular).

Preparando para a oficias de agitação e propaganda, que encerraram o evento, foram elencados os desafios, esperanças e perspectivas da juventude para a atualidade, seja esta, religiosa ou não, mas que de um modo ou de outro estão nos campos de luta contra dominação e opressão. Um dos principais desafios está na intensificação da ação protagonista da juventude diante da tentativa de negação deste fenômeno enquanto elemento inerente ao processo de transformação da sociedade. Também o desafio desta juventude de se entender e se afirmar enquanto sujeito revolucionário, constituinte da classe trabalhadora e que tem como tarefa contribuir para a superação da divisão de classe, racial, sexual, etc. Outro importante desafio que se coloca é o de garantir que as Diversidades (sexual, de gênero, racial, de origem, territorial, religiosa, política) existentes em qualquer contexto seja respeitada e retirada destas diversidades o que há de melhor para incorporar à nova sociedade, ao novo Reino.

Das esperanç13351066_1007507655963517_1093818281_oas compreendeu-se como elementar o desenvolvimento do Espírito Revolucionário, da Mística, organização, recuperação e manutenção da Identidade Militante. E das perspectivas a juventude tem como tarefa imediata garantir que a atuação na realidade contribua para a transformação da mesma, nos processos mobilizatórios, organizativos e de intervenção, buscando identificar nossos e nossas companheiras, aliados/as e inimigos/as. Para isso exige-se que cada jovem seja instrumento de luta e se instrumentalize através do tripé: formação, organização e luta.

Com este debate sobre as esperanças e desafios, estava construído o lastro para os participantes debaterem, pensarem e planejarem atividade de intervenção em suas localidades definindo períodos de execução. Os eixos foram: Trabalho, Educação e Cultura, trazendo como centralidade a questão do acesso à e permanência na Terra.

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