No dia 30 de julho, quinta-feira, a Comissão Pastoral da Terra Bahia (CPT-BA) com os parceiros Geografar e Aduneb lançarão a publicação anual: Conflitos no Campo Brasil 2019, às 15h (horário de Brasília). Na ocasião será lançado, também, Observatório da Questão Agrária Bahia. Devido à pandemia da Covid-19, o lançamento que será transmitido por live nas redes sociais da CPT-BA.
Essa é a 34ª edição do relatório que reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro, neles inclusos indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais.
A live será mediada por Gilmar Santos da CPT Bahia e Guiomar Germani pelo Geografar, terá como expositores de dados Coordenador da CPT Nacional Ruben Siqueira e a Coordenadora da CPT Bahia Roseilda Conceição e análise dos dados com Márcia Virginia Pinto Bomfim integrante da ADUNEB e Observatório da Questão Agrária na Bahia.
Conflitos e violência no campo crescem em 2019
A CPT registrou 1.833 conflitos no campo em 2019. Número 23% maior que em 2018 e o maior número registrado pela CPT nos últimos 5 anos. Esse número equivale a uma média de 5 conflitos a cada dia. Dos 1.254 conflitos por terra registrados, 1.206 ocorrências de conflitos por terra envolveram alguma forma de violência provocada por supostos proprietários e/ou grileiros. Esse foi o maior número de ocorrências de conflitos por terra já registrado pela CPT desde 1985.
Além disso, mais uma vez os conflitos pela água que em 2018 já haviam batido recorde com 276, aumentaram vertiginosamente. Foram registrados 77% a mais desse tipo de conflito em 2019.
Violência contra as mulheres campo
No ano de 2019 foram registrados 102 casos de violência contra mulheres. Desse total, 3 foram assassinadas, 47 foram ameaçadas de morte, 3 sofreram tentativa de assassinato, 5 foram presas, 15 sofreram intimidação.
Esses são alguns dados que serão expostos na apresentação da publicação anual: Conflitos no Campo Brasil 2019. Para acesso os dados consulte: