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CPT BAHIA

Território Quilombola de Tijuaçu é o maior da Bahia em número de famílias

O Território Quilombola de Tijuaçu, com 828 famílias, é o maior em número de remanescentes de quilombo na Bahia. O território situa-se entre os municípios de Senhor do Bonfim, Filadélfia e Antonio Gonçalves (a 450 km de Salvador), numa área de 8,4 mil hectares de terras.

Foto: Incra
Foto: Incra

O Tijuaçu teve portaria de reconhecimento do Incra publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), na última quinta-feira (18). O mesmo conteúdo foi publicado em julho no Diário Oficial da União (DOU). Essa portaria consolida o Território Quilombola de Tijuaçu como remanescente de quilombo e dá legitimidade ao conteúdo do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID).

Atualmente, o Serviço de Regularização de Territórios Quilombola do Incra/BA aguarda o parecer jurídico da Procuradoria Federal Especializada (PFE) que irá compor o conjunto decreto para então ser remetido ao Incra, em Brasília. O conjunto decreto objetiva a publicação do decreto de interesse social do território.

Com o decreto de interesse social publicado, o Instituto poderá iniciar o processo de arrecadação das terras públicas e obtenção de imóveis rurais e posses inseridos no perímetro. São 39 propriedades particulares e 37 posseiros.

História

O RTID do Tijuaçu conta que o povoamento do local começou com a chegada de Maria Rodrigues, mais conhecida como “Mariinha”, de origem Nagô que teria fugido de uma senzala na capital soteropolitana. Mariinha inicialmente se estabeleceu na região conhecida como Alto Bonito onde tinha uma visão estratégica da área. Mais tarde, ela teria casado com um homem de origem do Congo e deram início ao quilombo.

A oralidade e as tradições, como o samba de lata, são pontos fortes das comunidades que compõem o Território de Tijuaçu. Muitas histórias e costumes foram passados entre gerações.

De acordo com relatório, é fácil identificar os moradores do Território de Tijuaçu. “Eles costumam ter um modo de vestir diferenciado com cabelos trançados. Utilizam torços, têm práticas lúdicas semelhantes e a religiosidade está ligada ao culto a São Benedito”, explica o documento.

Assessoria de Comunicação Social do Incra/BA

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